quinta-feira, 5 de julho de 2012

COMO TRABALHAR COM O KARAOKÊ NAS AULAS DE INGLÊS

 PRIMEIRO MOMENTO

Escolha da música a ser trabalhada na aula
Produção dos materiais necessários à realização da atividade ( video, data show, computador, caixa de som amplificada e microfone, cópias da letra da música).

SEGUNDO MOMENTO

O professor deverá dividir a classe em grupos de no máximo cinco (05) componentes e em seguida deverá distribuir envelopes contendo a letra da música recortada em frases para que cada equipe ouça a música e organize a letra da música.
A música deverá ser executada até que todas as equipes tenha conseguido montar a letra completa.

TERCEIRO MOMENTO

O professor deverá exibir o karaokê para que cada aluno ou grupo de alunos cante corretamente a letra da música escolhida em inglês.

QUARTO MOMENTO

Esse último momento deve ser usado para explorar a letra da canção gramaticalmente e solicitar a tradução da mesma.

Os aluos deverão ser avaliados em todos os momentos da atividade. Como critérios estabelecidos devem ser observados: a participação e nível de envolvimento em todas as etapas da atividade.


TRABALHANDO COM KARAOKÊ NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA


Novas tecnologias, letramentos e gêneros textuais digitais: interatividade no ensino de línguas




Gisele dos Santos Rodrigues
Especializanda em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira
Faculdade Internacional de Curitiba (FACINTER)
gisele@insigne.com.br

As novas tecnologias têm provocado mudanças profundas em diversas atividades da vida moderna, inclusive na nossa forma de viver. Com o advento da Internet, de outros recursos e ferramentas tecnológicas, o processo de ensino/aprendizagem também mudou. Com isso, muitos docentes e profissionais dedicados à educação procuram investigar como os usos e os impactos que novas práticas de ensino aliadas aos recursos tecnológicos podem influenciar nos processos de aprendizagem.

Em conformidade com os pressupostos teóricos de Xavier (2004, 2005), Soares (1998, 2002, 2010), Lévy (1996, 1999), Coscarelli (1999, 2007), entre outros, este estudo busca caracterizar alguns conceitos recentes e em voga, os quais permeiam as práticas de ensino e aprendizagem de língua materna e línguas estrangeiras, entre eles estão o letramento digital, uma modalidade de letramento para o uso de diversos recursos tecnológicos e os gêneros digitais, gêneros de textos/discursos específico das mídias e suportes textuais oriundos dos objetos digitais e virtuais da informação e da comunicação.

Com este estudo também se espera relacionar a nova forma de letramento e gêneros oriundos de mídias digitais emergentes com os recursos e ferramentas das novas tecnologias, a fim de aperfeiçoar o trabalho do docente e consequentemente a qualidade das suas aulas, as quais se tornarão mais interativas, atraindo assim diferentes e interessantes olhares dos discentes, diante dessas novas práticas de ensino, tanto nas aulas de Língua Portuguesa, quanto língua estrangeira, especificamente as aulas de Língua Inglesa.

Novas tecnologias & Ensino

Hoje as crianças já nascem imersas numa cultura em que as inovações tecnológicas estão presentes na sociedade, por outro lado, em alguns lugares essas conquistas ainda não são acessíveis, fazendo com que a escola seja um importante espaço de acesso a esses artefatos tecnológicos e à aprendizagem de suas linguagens específicas.
Nesse sentido é fundamental que os docentes dominem o desenvolvimento de currículos e projetos pedagógicos em que as tecnologias da informação e da comunicação não sejam apenas ferramentas, mas recursos instituintes de novas formas de aprender e ensinar. Para que isso seja, de fato, profícuo, professores e educadores devem discutir, refletir e aplicar alternativas para o desenvolvimento e o fortalecimento de práticas que utilizam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).

Nesse contexto, a atividade do professor deve estar centrada “no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: o incitamento à troca de saberes, a mediação relacional e simbólica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem, etc.”, (LÉVY, 1999, p. 171). Ou seja, o professor deve se tornar um pesquisador permanente para que novas formas de ensinar surjam a fim de apoiar os alunos nos processos de aprendizagem, principalmente quando o docente adapta suas estratégias de ensino para auxiliar o desenvolvimento de aprendizagens em sala de aula.
As contribuições das novas tecnologias para o ensino são inúmeras:

Os novos meios abrem outras possibilidades para a educação, implicam desafios para o trabalho docente, com sua matéria e seus instrumentos, abrangendo o redimensionamento do ensino como um todo: da sua dimensão epistemológica aos procedimentos mais específicos, passando pelos modos de objetivação dos conteúdos, pelas questões metodológicas e pelas propostas de avaliação.
(BARRETO, 2004, p.23).

Com o uso de novas tecnologias em aula o ambiente da educação deixa de ser tão formal, já que existem tantos outros espaços a serem explorados, tanto no mundo real como no virtual. Por esse sentido, os recursos digitais de aprendizagem, também chamados objetos de aprendizagem, são ótimos para apoiar a prática dos professores preocupados em motivar seus alunos para que participem, de forma efetiva, do processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com Beck (apud WILEY, 1999), um objeto de aprendizagem é “qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para suporte ao ensino”. Os objetos de aprendizagem, além de mediadores, também podem ser acessíveis a diversos ambientes de ensino/aprendizagem e podem ser reaproveitados em diferentes situações de uso.

Bergman & Ferro (2008, p.22) classificam os objetos de aprendizagem em informática, multimídia e telecomunicações. Entre eles destacam-se os softwares, histórias em quadrinhos em sites da web, animações em CDs multimídias e/ou Internet, hipertexto, vídeos, jogos, áudios, e-mails, chats, redes de comunicação, entre outros que podem trabalhar os mais variados assuntos de forma lúdica e atraente para os alunos.

Nas aulas de língua materna o professor pode explorar o trabalho com recursos digitais usando a língua escrita nos “gêneros textuais, teorias da leitura e diferentes estratégias exigidas por diferentes gêneros textuais”, (SOARES, 2010, p.10).

Além dessas práticas, nas aulas de língua estrangeira o docente também pode explorar as terminologias e as pronúncias dos diversos softwares, recursos e sites disponíveis em Língua Inglesa, assim como estudar o uso de qualquer língua estrangeira em suportes distintos que exigem variações linguísticas diversas. Essa prática já foi explorada por SANTOS COSTA (2006), ao usar o suporte textual do telefone celular como um recurso
para o estudo de abreviações, variações linguísticas, produção textual, entre
outras possibilidades pedagógicas.
Em suma, os objetos de ensino e aprendizagem tecnológicos disponibilizam várias possibilidades de práticas em aula. Como considerado anteriormente, cabe ao docente o preparo adequado para lidar com essas novas práticas apoiadas aos recursos dos objetos de aprendizagem, principalmente porque cada momento da situação de aprendizagem deve ser adaptado, pois exigem uma estratégia diferente.

Em conformidade com essa afirmação, é imprescindível que cada docente esteja preparado para lidar também uma nova forma de letramento, conhecida como letramento digital, de conhecimento útil para que toda essa prática tenha sentido. Nesse contexto é possível ampliar os conhecimentos sobre essa nova modalidade de letramento de acordo com um estudo bibliográfico que segue no decorrer deste estudo, o qual relaciona o letramento digital com o uso intenso das novas tecnologias de informação e comunicação e pela aquisição e domínio dos vários gêneros digitais.